sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Passarim

Passarim é assim, todo inconstância.
Dia tá de um jeito, pedindo carinho, vindo na mão. Noutro, amuado, ou arisco, olhando desconfiado; não corresponde...
Preocupa, será pra sempre? Será que dura? Dá um troço ruim...
Mas fazer o que se, quando se vê, a gente já se afeiçoou?
Pode tentar, desafeiçoa mais nunca. Pode tentar, se afastar... mas a saudade surge e não some mais nunca, nunquinha!
É quase gente, marca saudade funda, no peito. Por vezes, mesmo tendo visto naquele dia mesmo, com horas depois já se morre de saudade que pia.
E o canto? Mais parece poesia.
E de pensar em ficar longe, em perder... Dá um medo! Fala nisso não! E se fala... uma tristeza tão grande que preenche todos os vazios... Muda de assunto! Mas repercute, vezes até por dias. A agonia de não saber o que acontece. Bicho não fala! Seria tão mais fácil se falasse. Essa vida sem conversa direita, só de adivinhar os olhos não é pra quem tem coração não! Porque sofre, viu?! Ah, se sofre... Mas se ama, viu? Ah, se ama.

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